sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril - Inicio ou caminho para a Democracia?

Os longos discursos que caracterizam já as sessões solenas deste dia, levam-nos a pensar se a liberdade que se evoca é a que se vive na actualidade. Mas até onde pode ir a democracia, sem cair em limites absurdos e abusadores? Viveremos num tempo moderno com falta de liberdade ou sem conhecermos os nossos limites ?

Orgulhará a nossa história os jovens ou como pretendeu referir o Presidente da República, nem sequer a conhecem?
Mais cravo menos cravo, mais polémica menos polémica, que haja liberdade, daquela falada, em versão real.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Mais cravo menos cravo, mais polémica menos polémica, que haja liberdade, daquela falada, em versão real", dizes tu e concordo.

Mas ressalvo que a liberdade em versão real, terá que ter sempre mais de vivida e transmitida na prática do que somente falada.

Ora, será então, de facto, o 25 de Abril o início da Democracia? Como sabes, eu sou um "25 abrilesco" por inerência musical e cultural. Os valores foram e são compreensíveis e acho que cada vez mais o são, e é isso que acho estranho: pois se a revolução serviu para o país se libertar da ideologia tacanha, nacionalmente extremista, bairrista até e fechada ao exterior e ao desenvolvimento, a mudança de registo político não deveria ser a "chave mestra" para o real sentido de estado, crescimento a (quase) todos os níveis, construção de gerações muito melhores e mais bem "equipadas" e preparadas para o futuro?

Faz falta que saiam de cena alguns dos políticos que tomaram parte da revolução. O que tinham para transmitir já o fizeram, pois estagnaram e estão a bloquear o sistema. É preciso que desçam dos "poleiros" e que, orgulhosos de tudo o que deram à nação, deixem definitivamente lugar para que novas caras, novas ideologias, novas coragens e novos lutadores tomem as rédeas do que, a meu ver, está inteiramente nas suas/nossas mãos.

Não estou a declarar que se devam votar ao ostracismo, de todo! Contudo é preciso sangue novo, dado adquirido, consumado e consumido.

A Liberdade não é fazer o que eu quero, é fazer o que eu preciso.

A Liberdade é fazer de todo o coração aquilo que sei ser o Bem!

Nunca liberdade foi tão igual a responsabilidade. É preciso urgentemente tomarmos responsabilidade dos nossos actos. E entendermos, duma vez por todas, que o respeito é das coisas que mais faz crescer as pessoas para o Bem e as nações umas para as outras.

Talvez aí deixemos de ter medo do futuro...