segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sem nome, por Mária Pombo

Olá!
Deixo-vos uma pitada do trabalho da minha companheira de muitos anos, uma grande amiga, a Mária. Sim, com acento no "a". É da Golegã e também uma aspirante a jurista!
Companheira de grande conversas, desde há muitos anos, de momentos bons e menos bons, deixo pela primeira vez uma das obras da sua colecção particular. Espero que gostem.
Ainda está em fase embrionária, sem título. Se calhar vai assim permanecer por muito tempo.

As lágrimas confundem-se,
No brilho do olhar,
com o cansaço.
Sorriso mal dado
Num desvario de emoções.
Coração latejante.
Bate depressa em compasso…
Olho semicerrado,
Brilhante,
Não baço.

Vulcão em chama
Que medita e sente,
Que finge e mente,
Que ama à desgarrada.

Corpo delicado
Vestido de mulher
Que é espada
Fogo
Cetim.
E tudo quanto quer.

Que arde, fere e aconchega.
Aqui e agora.
Que rejubila perante o mundo.
Porque o outrora
É só barulho de fundo.

http://p-ao-vento.blogspot.com/

3 comentários:

Anónimo disse...

Cá está poesia da boa! Ultimamente tenho acompanhado o blog da Mária por influência de outro amigo nosso. Agora tu, meu amigo Zé! Isto só prova duas coisas: é que além do mundo ser pequeno, temos todos bom gosto e estamos empenhados em dar valor a quem o tem e merece.

Parabéns Mária Pombo.

Parabéns Zé, por teres a capacidade de conseguires estar atento a todos os teus amigos ao mesmo tempo.

É com este "barulho de fundo" que, paulatinamente, vamos conseguindo mudar o mundo.

mari (a)penas... disse...

Bem... Fiquei assim______________________________________________________________________________________________________________________________________, sem palavras.
Por partes.

Pitinho, estou grata pela escolha. Este é um dos poemas que modestamente mais gosto, talvez se calhar por eu própria encontrar nele uma variedade de sentidos e por ser o único, até hoje, a que não consigo dar um título.
E não é trabalho, é hobbie ou gosto ou o que quer que se chame. Trabalho será um dia, espero eu, ganhar grandes lutas em tribunal.
Para ti as palavras são sempre poucas, tu sabes!
És o meu pitinho! O amigo das longas conversas, das risadas sem fim, dos momentos loucos de Lisboa!! Muitos beijos!

Dominique Ventura, Sou ainda pequenina no mundo da escrita. Confesso que já me tentaram encorajar a levar os meus poemas ou textos a uma editora e ainda não levei com receio que me digam que tudo aquilo é lixo... Com tantas dificuldades na fsculdade, não sei se suportaria mais um "não".
Agradeço o comentário e confesso que fiquei curiosa em conhecê-lo ou em saber quem lhe deu o meu link do blog. O mundo é pequeno mesmo! Um abraço*

José Filipe Baptista disse...

Minha querida,

a amizade que nos une há-de perdurar e as nossas vivências morrerão connosco!hehhe~

O meu grande amigo Dominique é um "Homem Talento", que um dia verá o enorme talento reconhecido. Ontem, num espectáculo numa sala com 400 pessoas, ao cantar numa Homenagem a um amigo comum, fez-se um silêncio cortante que se transformou num orgulho partilhado por todos. Este grande Homem, que tenho a honra de ter como amigo, por onde passa deixa admiradores, pela sua arte de Ser e de se expressar!

Quem o trouxe ao teu blog foi o nosso amigo tiago borga..hehe

Bjs e abraços e obrigado por me darem a honra de serem meus amigos!