terça-feira, 25 de março de 2008

Grupo de empresas lesou Estado em um milhão de euros com fuga aos impostos

"A Polícia Judiciária interceptou um grupo de empresas sediadas na zona da Marinha Grande e de Aveiro que através de um esquema de fuga aos impostos, realizado com a comercialização de aço, lesou o Estado em cerca de um milhão de euros. No âmbito da operação foram constituídos 215 arguidos.A Judiciária explica em comunicado que o esquema “iniciava-se com a comercialização de aço, através de uma empresa da zona de Leiria, cujos valores facturados eram superiores aos praticados no mercado”. De acordo com a polícia, pelo menos oito empresas, “todas ligadas ao fabrico de moldes”, estão envolvidas no esquema de fraude, arquitectado entre a empresa de Leiria e a empresa-mãe situada na Alemanha. Seria através da empresa alemã que os gerentes das empresas portuguesas eram depois ressarcidos das quantias pagas em excesso, “quantias essas que eram assim desviadas do circuito contabilístico, acabando em contas particulares” dos empresários, adianta a Judiciária.Através deste esquema e através da emissão de “notas de débito” por parte da empresa-mãe alemã houve uma “descapitalização das empresas portuguesas e um enriquecimento ilegítimo dos seus sócios”, que conseguiam, assim, escapar ao pagamento dos respectivos impostos. Ao longo da investigação, foram constituídos 215 arguidos, tendo sido possível recuperar, através de liquidação, valores no montante global de um milhão de euros, concluiu a Judiciária." in Publico

Simplex: O cruzamento entre o falecido registo comercial e as finanças está melhor que nunca. Até ser descobrir, o Estado foi lesado só neste caso num milhão de euros...É bela a simplificação de procedimentos, dá nisto!

1 comentário:

Cati disse...

Sou a favor da simplificação de procedimentos. Mas sou contra a delegação de poderes exclusivos ao estado e seus delegados em cidadãos comuns. Choca-me muito mais andarem a "convidar" (sob pena de multa, caso o convite seja "declinado"...) cidadãos comuns que fazem a sua festa de casamento a dar informações relativas aos pormenores financeiros das mesmas...

Andamos a criar uma geração de "bufos"?
Onde estão as pessoas que deveriam fiscalizar as empresas?
Porque é que tem de ser o cidadão comum a fazer, gratuitamente, esse serviço?

Governo após governo, partido após partido, são todos a mesma coisa... só muda o cheiro!

Um beijinho grande*