quinta-feira, 13 de março de 2008

Apoio ao Vencedor vs apoio público


As primárias Americanas estão a revelar-se cada vez mais numa "soma para nada".
Os números de delegados eleitos pelos Democratas, Obama e Hillary, são cada vez mais parecidos e neste caso a grande decisão será tomada pelo tal grupo de super delegados, com poder de voto no Congresso Democrata.

Nos EUA a realidade política em nada se assemelha à portuguesa, pelo que, até os órgãos de Comunicação Social escolhem os seus favoritos e publicam as suas vontades. Em Portugal, estamos habituados a que nas grandes campanhas eleitorais os órgãos de CS façam uma cobertura dos eventos à sua vontade, sem nomerem os seus candidatos preferidos mas a fazerem-no nas entrelinhas, muitas vezes com graves prejuizos para oa adversários.

Será que em Portugal ainda há medo de uma censura que vem com um governo eleito democráticamente?

P.S. - Pode a publicidade feita por um governo ser vista como prémio a um órgão de CS?

6 comentários:

Paulo Colaço disse...

Caro Zé, tenho algumas dúvidas quanto a um modelo em que os jornais dizem o candidato que apoiam. Seria mais honesto da sua parte, caso apoiem algum.
E os que não apoiam nenhum?
Seriam obrigados a dizer que apoiam um qualquer?
É que se não o fizessem poderiam ser discriminados e acusados de cobardia por todos aqueles que, nas entrelinhas, justa ou injustamente, veriam apoios velados a este ao àquele.

José Filipe Baptista disse...

A questão que cai sobre os que não apoiam nenhum candidato, seja qual for a eleição, é sempre menor que a dos que apoiam na sombra e trabalham convictamente para destruir os candidatos restantes.

Não coloquemos a questão como se fossemos um país de atrasados mentais: aqui todos pensam, mas alguns acham que são mais espertos que outros, dando-lhes chá com bolachas de água e sal em vez do fois gras e trufas...

Anónimo disse...

Antes de mais deixa-me felicitar-te pelo blog!
Penso k em Portugal a realidade é outra! Ha demasiados "comentadores" politicos e esses normalmente são escolhidos por fazerem parte de partidos politicos! Dps ha os "outsiders" k nao dizem de k partido e k são, mas la vao dando os seus "bitates". E andamos à onda das marés...

Eu nao axo importante k haja orgãos de cs a apoiar kem ker k seja! Agora tem k haver mais clareza por parte do jornalista ou comentador k está a escrever um texto, para se saber de k lado é k está!

Um abraço

Anónimo disse...

Se é verdade que a América é exemplo para o mundo inteiro devido à sua democracia (!?!), no verdadeiro sentido da palavra, também o é pelos piores. Contudo, julgo que a Comunicação Social faz o que os próprios legisladores, a quem estão a dar cobertura e tempo de antena, querem que eles façam. Assim, na teoria, todos ficam a ganhar.
Mas isso parece-me pouco imparcial, nada aliás! Na minha opinião, um orgão de comunicação social é um canal que distribui o melhor possível, e isto implica sempre a verdade absoluta dos factos, os acontecimentos, que neste caso são políticos. Quanto à América, não tenho grande escolha ou preferência. Seja qual for que ganhe, o que quer que aconteça depois, será do género Malucos do Riso: até a barak obama!

José Pedro Salgado disse...

Eu por acaso concordo com o modelo anglo-saxónico.

Nunca a imprensa pode ser totalmente isenta, e muito menos transparente enquanto tenta sê-lo.

Assim o melhor remédio é a honestidade. Quando lêr um jornal de direita já sei qual o desconto que tenho de dar, e vice-versa.

Marta Rocha disse...

Não acredito na isenção por parte dos media. Senão vejamos o seguinte exemplo:

No Concelho de Vila Nova da Rabona há dois jornais: o Expresso da Rabona e o Semanário da Rabona.

Anuncia-se a data para eleições e surgem dois candidatos: A e B.

O Semanário da Rabona apoia declaradamente o candidato B. O Expresso da Rabona não toma posição.

O candidato A, naturalmente tem de aproveitar a influência que o candidato B não tem no Expresso e ocupa "a vaga", já que o Semanário não lhe dá qualquer tipo de visibilidade.

No dia X, saem os dois jornais, um com uma reportagem sobre o candidato A e outro com uma reportagem sobre o B.

Sabemos que um jornal apoia declaradamente o B e outro não apoia nenhum mas foi procurado pelo A.

Na prática, o espaço que cada candidato ocupou foi idêntico. Mas o facto de um jornal ter tomado "partido" teve um efeito preverso, porque abdicou da isenção para influenciar os resultados eleitorais.

Tanto melhor para o candidato A, que ganha as eleições, independentemente da "ajuda" dos media e para o Expresso da Rabona, que manteve a dignidade jornalistica. Tanto pior para o candidato B, que perde as eleições, apesar de controlar um jornal e para o Semanário da Rabona, que perde credibilidade.

Sou a favor da isenção, mas no sentido prático, ela não existe.