domingo, 16 de março de 2008

Cada cabeça sua sentença...


Abriu hoje na Monumental Celestino Graça, em Santarém, a época ofical da Tourada em Portugal. Faz todo o sentido que seja no Ribatejo, Terra de grandes apreciadores da arte da tauromaquia e de grandes protagonistas.

O Campo Pequeno, ícone desta arte, receberá a primeira tourada do ano no seu espaço, em breve.


Tradição / Direitos dos animais / Cultura


Será a sociedade Portuguesa demasiadamente intolerante para não conseguir conciliar a vontade dos que se manifestam com as tradições mais diversas do país?

7 comentários:

Anónimo disse...

É típico da sociedade portuguesa inventar situações conflitusosas quando não tem mais nada para fazer... Refiro-me à sociedade actual, claro.

As tradições tauromáticas sempre existiram no nosso país e sobretudo no nosso querido Ribatejo. De há uns anos para cá lembraram-se de embirrar, também típico da malta tuga.

Preocupem-se com a educação, a saúde e a precaridade profissional e deixem as tradições serem como eram.

Sugestão: troquem os forcados pela Ministra da Educação. Já que não enfrenta os professores de frente que pelo menos pegue o touro pelos cornos e emende as asneiras que está a fazer!! (Desculpa, mas tenho dito!! ;))

Bjokitas Pandanzeiros

xana disse...

Hoje escrevi num blog nosso conhecido que ter opinião é sempre salutar. mas é diferente de ter poder de decisão, porque nem sempre podemos decidir 100% fiéis à nossa opinião. Porque implica outros e devemos antes preocuparmo-nos em ser serios e respeitosos.

Coisa difícil nos dias que correm.

Sou altamente liberal neste tipo de coisas. Acho que o Esatdo de Direito confundiu-se muito. Não lhe cabe impor barreiras desta maneira. Porque não pode haver touradas? Porque duas pessoas do mesmo sexo não podem casar? Porque é que não posso colocar um piercing na lingua?

Onde vamos chegar?
Afinal, onde está a rfelxão dos nossos "estadistas" sobre o que realmente importa?
A permissividade na educação, a balbúrdia na justiça, a confudão na saúde...

A política está cheia de hipocrisia, porque os políticos são hipócritas com eles próprios. E mais ainda com aqueles que os elegem.

Os direitos dos animais devem existir, claro. Não vamos premiar a crueldade, claro. Mas, não estaremos a ser mais papistas do que o papa?
Já estou como o amigo Zé Pedro quando diz que aqueles que defendem que o touro não deve ser morto na arena não fazem ideia o que ele sofre a mais até ser levado para um matadouro.

A realidade não é a preto e branco, tem muitas cores. E muito menos terá apenas uma dimensão. Tem sempre muitas.

Dri disse...

Partilho da opinião da xana. Os animais tem direitos mas sofrem mais no matadouro que se forem mortos na arena.
A tourada é um espectaculo que faz parte das nossas tradições e acho que deve ser mantido. Devemos manter aquilo que nos torna unicos, que nos diferencia dos outros. Porque se somos todos iguais, o mundo torna-se monotono.

Tânia Martins disse...

Eu acho que os animais têm direitos sim, e nem ao ensinarem que não têm porque não são detentores de personalidade jurídica mudo essa opinião. Eu, por mim, nem mortos na arena nem nos matadouros, sou contra as touradas. Respeito quem goste mas não compreendo porque gosta. Acho um divertimento horrivel e comparo-a aos tempos dos gladiadores.

Gosto muito de manter tradições, mas esta confesso que não manteria! Além disso as touradas cheiram-me a imitações espanholas.

José Filipe Baptista disse...

Iberismo...hui!

Isto está a aquecer!
hehe

Anónimo disse...

Tradição/direitos dos animais/cultura. Este é, sem dúvida, um dos temas mais polémicos da actualidade.

Alterar as tradições faz alterar, a médio/longo prazo, a cultura duma sociedade ou país ou povo, como lhe quiserem chamar. Aqui a questão é que essa tradição mexe com os supostos direitos que, imanentemente, os animais têm, apesar deles próprios não saberem disso.

Eu sou totalmente contra qualquer tipo de violência sobre os animais! Não suporto ver ou pensar sequer!

Mas a História mostra-nos que a sobrevivência está do lado do mais forte. Aqui, o mais forte é a capacidade que o Homem tem de conseguir tirar proveito e "prazer" da sua fraqueza que, intelectualmente, o faz mais forte.

Os touros sofrem onde quer que estejam, pois serão sempre mortos, onde quer que estejam (o maior animal é o homem, mas precisa de sobreviver...)

O touro é colocado involuntariamente nas arenas, ponto assente. Mas podemos, jocosamente, pensar que o homem se tenta "redimir desse pecado" colocando-se voluntariamente à sua frente para levar uma valentes cornadas! E vivam os Forcados!

Desde os primórdios da Humanidade que os animais são colocados em sacrifício para fazer jus à tradição, qual Abraão. Agora são os grandes grupos económicos e alguns políticos que nos imolam a bem da estabilidade. Se não tivermos com que nos entreter, e até, usar o suposto poder que temos sobre os animais, o que nos restará??

Francisco Castelo Branco disse...

Há que começar a ter respeito pelo touro e alterar a legislação de se poder matar o touro na arena